E não fico menos louco quando vejo mecanismos, botões e manivelas.
E foi nesta altura que a Rita chega ao pé de mim com o caderno riscado e com algumas folhas rasgadas. "Não sei desenhar! Não volto a desenhar mais na minha vida" disse ela. A Rita está a entrar na adolescência e para ajudar, faltou a uma festa de aniversário para estar aqui. Pensei que era uma ilusão conseguirmos estar juntos a desenhar, que tinha de repensar estes nossos passeios familiares. Fiquei aborrecido. Depois de me passar a "Birra" fui ter com ela e orientei-a no desenho seguinte:
Estar meia hora com ela deu frutos. Ela percebeu que a atitude perante o desenho tem de ser diferente. Eu também percebi que quando vou em família tenho necessariamente de estar mais disponível para elas.
4 comentários:
Foi com alguma alegria que voltei a encontrar esta família bem disposta (incluindo a Rita) a desenhar
.
O tractor está incrível!
Muito bom António.
Parabéns.
Gosto muito do desenho do meio!
Da adolescência reza a história de que existe uma absurda necessidade de experimentar o mundo, porque uma pessoa nessa idade não sabe para que lado se virar com tanto estímulo e tanto para descobrir. Ela logo se reencontra com a tua ajuda, mesmo que não seja para desenhar :D
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